quarta-feira, 4 de março de 2009

Empresários amargam prejuízos

Quem vê de longe nem percebe o que muita gente sentiu no bolso. Enquanto todo mundo assistiu a um Carnaval com o mesmo tempero de sempre, boa parte dos empresários do setor privado, que labutam para lucrar com a festa, amaragou prejuízos. Para se ter uma ideia, apenas um bloco, o Me Abraça, esgotou a venda de abadás. Prejuízos também foram sentidos nos bolsos dos donos de camarotes e até de alguns hotéis da cidade. Isto sem falar no poder públicos-leia-se Prefeitura de Salvador-, que não conseguiu alcançar a meta de R$9,3 milhões em patrocínio. Para os empresários, a crise financeira atingiu "de raspão" o Carnaval de Salvador, mas foi o suficiente para provocar prejuízos, aliado a outros fatores tão tradicionais quanto a folia, a exemplo da falta de patrocínio aos blocos pequenos. "Muita gente ficou com medo de comprar abadá de tanto ouvir falar na crise", disse o dono do Internacionais, Fernando Boulhosa, um dos poucos que fala abertamente sobre o assunto. Mesmo tendo a grande estrela do Carnaval deste ano, Cláudia Leitte, Boulhosa afirmou que o resultado não foi o esperado.
Nem o poderoso Chiclete com Banana, que desfilou em três blocos, conseguiu vender tudo este ano. "Os abadás do Chiclete são caros,passando até de R$1 mil, mas a gente teve de aceitar ofertas" disse, em tom de brincadeira, o ambulante Márcio Freire, presença constante no mercado paralelo no Aeroclube. Outro que foi vítima da crise foi o Planeta Othon. Seu passaporte de entrada, que custava R$155, saía por R$60 na sexta-feira.
Fonte: Metrópole

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