sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Armas elétricas na Folia

A utilização de 200 pistolas elétricas, não-letais, do modelo taser M-26, pela polícia, durante o Carnaval, foi anunciada, na quinta-feira, 12, pelo secretário de Segurança Pública do Estado (SSP), César Nunes, no Hotel Pestana.
Na apresentação do armamento, que contou com a presença do governador Jaques Wagner, o secretário informou que o novo aparato das polícias Civil e Militar será decisivo para a redução de crimes na folia.
“Em 2008 registramos 1.390 ocorrências, o menor índice dos últimos anos. Nossa meta é reduzir este número em 12,5 %”, afirma. Ou seja, a pretensão da SSP é evitar cerca de 174 ocorrências, chegando à marca de 1.216, a um custo aproximado de R$ 120 mil, considerando o valor mínimo da arma, estimado em de R$ 600, de acordo com pesquisa feita por A TARDE.
Para Carlos Alberto Costa Gomes, especialista em Segurança Pública, a arma representa uma evolução do policiamento. “Começamos a pensar em segurança pública no sentido real de sua concepção - proteger a população, reduzindo o poder de execução dos policiais”, opina. Costa Gomes afirma que o uso da taser M-26 apresenta perigos, porém, “são infinitamente menores que o da arma de fogo”.
José Nilton Ferreira, pesquisador do Observatório de Segurança Pública da Bahia, explica o funcionamento da taser: “Ela possui um dardo que dispara descargas elétricas de 120 mil volts, que paralisam o corpo por minutos, numa espécie de ataque epiléptico”. Diferentemente de Costa Gomes, Ferreira enfatiza que a adoção da arma é uma “ironia”. “Os dardos que disparam as descargas custam de R$ 150 a R$ 250. Como vamos repor esta munição, se a polícia sequer tem verba suficiente para encher o tanque de gasolina de seus carros?“, questiona o pesquisador. Ferreira informa que este tipo de armamento é obsoleto no restante do mundo, sendo indicado “para o tratamento com loucos”. “O Carnaval reúne uma quantidade de gente absurda. Os policiais agem a menos de cinco metros das brigas e assaltos. Esta arma é para ser disparada a uma distância mínima de 15 metros. Quero dizer que seu disparo pode atingir muitos inocentes”, ressalta. O pesquisador lembra o risco para cardíacos e portadores de marco-passo, se atingidos. “O que precisamos é de policiamento ostensivo e medidas preventivas, como um plano de evacuação de feridos, que não existe”, diz.
Fonte: A Tarde

Um comentário:

Unknown disse...

Extraordinaria ideia! e não venha com essa de custo esse taser só será usado no perido da festa, ja que se investe tanto na segurança do carnaval, porque não gastar nesses dardos? sempre tem um falso moralista querendo defender animais que vão pra av afim de dar socos e brigar com a policia. quem tem problema do coração ñ vai dar porrada por traz. otima ideia! tem que ser aplicada, sim! e tenho certeza que vai reduzir! e outra! tem que colocar em pratica aquela jaula tbm.
meu povo quem vai ao carnaval curtir beijar na boca até num pisão que leva no pé que é o meu caso, pede desculpas e vai a traz do trio. para aqueles que agridem o proximo ja estão afim de causar tulmuto. temos que reduzir o numeros desses elementos do meio de uma festa tão bonita que é o carnaval da bahia.